segunda-feira, 27 de julho de 2015

Confissões de um HELLACIONAMENTO.










FONTE:GOOGLE



Esse tal de amor. Ou essa coisa que tentamos chamar de amor. Mas será que é realmente amor? Bom, pra Emma (Anne Hathaway) é. Ela conheceu Dexter(Jim Sturgess) na faculdade. Eles nunca conversaram muito mas no dia da colação de grau, depois de algumas bebidas eles quase transaram. Ela achou demais, pois era afim dele. Ele? Viu todo como uma diversão. 

Um Dia conta como a vida dos dois se desenvolve por 20 anos. Dexter é bem irresponsável, mas se dá bem na vida por ser simpático e desenrolado. Emma se muda pra Londres mas tem problemas com adaptações.O trabalho não traz satisfação e ela vê a sua vida como sem graça, embora esteja escrevendo um livro. Ela é insegura, frustrada, mas não toma nenhuma decisão pra melhorar de vida. Cair nos braços de Dexter parece resolver todas as suas dores e infelicidades com a sua realidade.

 Já Dexter não toma a responsabilidade por nada. Tudo não passa de diversão. Ele não consegue ouvir a verdade e vive encontrando desculpas e justificativas pelo jeito que age. E nessa, ele também vive encontrando maneiras de manter Emma por perto porque ele sabe que pode tirar vantagem. Ela não passa de um estepe de carro para ele.Ele a mantém envolvida, alegando que, embora ela tenha muitas mulheres e até namoradas, com ela é diferente. Ele usa da falsa intimidade para manipulá-la.

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E nessa existem muitas pessoas confundindo amor com codependência. Como Emma, elas continuam ignorando todos os sinais de um relacionamento disfuncional. Porque estar com o "piolho" é melhor do que está sozinha(o). Dizer não é muito difícil. Elas acabam assumindo responsabilidades que não são delas, além de salvar pessoas irresponsáveis das suas consequências.Acabam assumindo um relacionamento de pai e filho, só que no caso de Emma, ela é uma "mãe" passiva. Ela fica consolando Dexter ao invés de confrontá-lo. 

A vida deles segue separadamente e Dexter passa a ser mais bem sucedido e mais irresponsável. Mais mulheres, mais drogas, mais bebida, mais farra. Ele sempre tem de Emma o que  quer à medida que a enche com promessas vazias. Um verdadeiro taker.



Emma encontra outra pessoa com a qual decide dar uma chance.  No filme dá a entender que ela dará fim ao piolho com Escabin , que dessa vez ela vai acertar...SQN!!! A visão que ela tem de romance é algo muito distorcido. Algo que Steve Carter e Julia Sokol pontuaram tão bem: 

"Aterrorizante, angustiante, traumático, desconcertante, irreconciliável, horrendo e obsessivo são palavras que podem estar na capa de um romance que você leva para a praia.Uma mulher inteligente não quer que adjetivos como esses sejam utilizados na descrição da sua própria vida."

O outro cara é uma pessoa normal. Faz coisas que um parceiro faria em um relacionamento. Ele comete erros. Ele leva tempo para fazer as coisas que ela pede. Ele é fiel e louco por ela mas isso não é suficiente pra ela porque as palavras que ela mais associa com amor é excitação, aventura,dor, angústia, emoções intensas e palavras bonitas. 

Lá na frente ela decide se afastar de Dexter e acaba se encontrando na vida e se tornando uma pessoa renomada como escritora. Acaba encontrando um homem de calibre similar ao seu. Já Dexter começa a colher os frutos da sua vida inconsequente. Agora divorciado, lascado e sem trabalho, ele vai ao encontro de Emma em Paris. Emma progrediu e ele regrediu. Quando ele toma conhecimento que Emma poderá estar se casando com essa pessoa, ele dá um chilique de criança e diz na cara dela que ele não tem estômago pra conhecer o cara. Ela deixa o noivo para voltar aos braços de Dexter de novo. 

Aqueles sem visão para o seu futuro sempre retornam ao seu passado. Porque é confortável para eles.  

Confesso que quando chegou nessa parte eu parei de assistir o filme. Afinal já tinham passado 20 anos da vida deles mas eles não tinham se desenvolvido como pessoas.Ficou nesse chove e não molha. Você teria 20 anos para desperdiçar em uma pessoa que te trata como brinquedo e chamaria isso de amor? Eu não. 

Amor é quando você ama quem você está se tornando à medida que desenvolve um relacionamento saudável com outra pessoa. É quando você soma na vida dela e ela na sua. É quando você não precisa jogar, manipular, esconder, fingir que não importa, quando importa e dói. É poder ter um diálogo aberto sem atacar, sem ofender, sem denegrir. É chamar a responsabilidade e ser responsável pela parte que te cabe. É não transferir a tua felicidade, a tua cura, a tua mudança para outra pessoa. É promover soluções ao invés de negações. 


O problema com a codependência é que você tenta juntar os cacos do outro, consertar o outro, curar o outro enquanto o "doente" te leva pro buraco junto com ele e destrói tudo aquilo que você levou anos para estabelecer.



Como filme de romance minha nota seria -1, porque pra mim isso não pode ser chamado de romance. Como uma obra para uma análise comportamental no que tange à codependência, nota 10. 

Não recomendo que assista ou não. Fica a seu critério.

Caso você tenha tido um hellacionamento( um inferno de relacionamento) marcado pela codependência, conta pra gente como foi a sua experiência e como você saiu dessa. Vale hellacionamentos no que tange à família e amizades também. 

segunda-feira, 6 de julho de 2015

|| Da intolerância alheia ||

FONTE|SOURCE : GOOGLE







A cada dia me surpeende a falta de etiqueta e bons costumes nas redes sociais. Virou cool ser mal-educado, arrogante, agressivo, colérico. O negócio é vomitar tudo o que se pensa, na velocidade da luz.  As pessoas estão cada vez mais na ânsia de responder na ponta da língua um comentário atravessado. Comentário esse que vem de um estranho, que não a conhece e não tem nenhuma credibilidade com essa pessoa. Por que elas se comportam de tal forma que jamais fariam em público? Será que as pessoas estão cada vez mais covardes, vazias, carentes, ansiosas e sem falta de domínio próprio? Tenho visto o aumento de gente que solta um reclame do plim-plim em página alheia, mas quando ver a pessoa , se esconde. 

A cada dias estamos mais modernos e mais primatas.

Engraçado, não?

Para pensar: 

-Precisamos entender mais de pessoas do que de tecnologia.-
(Paul Adams)


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