quinta-feira, 28 de março de 2019

Sobre ser o sonho do consumo do outro



 I just hope you understand
Sometimes the clothes do not make the man


E aí que eu agendei minha sessão de depilação. A moça que me atendeu, super simpática. Muito falante. Um amor !!!!!

Conversa vai, conversa vem, ela perguntou de onde eu era. 
Brasil. 
Perguntou se o marido era brasileiro.
Americano. 
Ela: nossa, você deve ser a dream girl dele, o sonho de consumo! Nunca conheci ninguém do Brasil que fosse feio. 

Aqui, quando se fala em Brasil, a primeira associação vem com Victoria´s Secret. E com ela, Gisele, Alessandra e Adriana. 

FONTE: GOOGLE



FONTE: GOOGLE
FONTE: GOOGLE



Essas mulheres são lindíssimas. Do contrário não poderiam atuar na carreira em que estão. A gente entende que para ser modelo, há um certo padrão esperado de rosto e corpo. O que me deixou encucada foi que a associação que se tem de mulher brasileira é que ela é modelo, super alta e magra, com peitão e quadril pequeno, seguindo o estereótipo de uma européia ou americana.

Eu não sou esse padrão. Minhas amigas não seguem esse padrão. Eu não tenho barriguinha de Bunchen, nem tão pouco altura de Alessandra, muito menos os olhos azuis da Adriana. Eu sou baixinha, pequenininha, de quadril largo, olho castanho escuro. Por que achei relevante fazer esse post? Porquê a visão que se está sendo passada sobre a mulher brasileira AQUI é que ela tem uma forma só. Um só tipo de rosto e corpo. Magrinha e altinha é um dos vários estereótipos da mulher brasileira. 

Entendo que é moda. 
Mas também entendo como isso afeta a visão das pessoas sobre a nossa cultura.

Isso me fez refletir e ter um olhar mais cuidadoso sobre a cultura do outro. Não cair nas armadilhas dos estereótipos apresentados nos meios de comunicação. Não achar que latino é atrasado e mal educado, e norte americano é super educado e desenvolvido. Os dois são atrasados e mal educados em certas áreas. Ambos educados e desenvolvidos em outra. Ninguém é de fato todo ruim e todo bom. 

Por que escrevo esse post? 

Para falar da realidade de ser ao invés daquilo que parece. 

Hoje as pessoas estão viciadas naquilo que parece. Estão com preguiça de pesquisar e ir atrás. 

Cansei de levar um olhar diferente por ser brasileira. 
Cansei de ser associada com sedução e sensualidade. Eu não ando com a Anita dentro da calcinha. 

Eu sou muito mais que isso. Somos muito mais que isso. 
Eu sou Gisley, você é você. 


Que tal comerçarmos daí, de ver cada um como indivíduo antes de tecer comentários e conclusões? 


Todos agradecem.



Em um mundo que se beneficia e lucra em cima da insegurança alheia, ser simplesmente você é um ato de rebeldia. 


Fonte : Google

14 comentários:

  1. Verdade Gisley, essa história de padrão enche o saco, somos únicos, cada um do seu físico e principalmente o seu jeito de ser e pensar, e todos somos especiais, beijosssssss

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    1. E coloca especial isso. Se quiser ser réplica, vou na loja da xérox e faço umas cópias, né? rsrsrsrs! Beijo Rô linda :D!!!!!!!

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  2. Texto super pertinente!
    Gostei de te ler.

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  3. Oi Gisley, tudo bem?
    Desculpa a demora em vir te visitar tá? Eu tô de mudanças e está tudo uma loucura. ahahaha
    Mas enfim, eu AMEI seu ponto de vista sobre o tema.
    Eu moro no Canada há quase um ano (estou voltando ao Brasil semana que vem - a mudança que falei) e menina, como eu tenho aprendido sobre esses esteriótipos e culturas. Eu passei a olhar com outros olhos pessoas que vivem fora do seu país. É muito difícil ter que lidar com tudo, ainda mais com imagens associadas a cultura do nosso país raiz. Acho super importante o fato de você ter trazido isso.
    Beijos!!!
    BorboletraInstagram

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    1. Hozana, bem vinda aqui! Quando a gente vai morar fora, o mundo se abre nessa perspectiva né? A gente aprende tanta coisa em só observar as peculiaridades dos outros. Muito feliz com sua visita e tenha um ótimo retorno à pátria amada!
      Beijos!

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  4. Realmente, passamos a viver para se encaixar em padrões que nem existem. E isso vem acontecendo com tudo: o casamento que precisa ser um conto de fadas, a casa que precisa ser decorada no estilo tumblr, o corpo magro, o cabelo hidratado.. toda essa perfeição não existe..

    https://www.kailagarcia.com

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  5. Olá Gisley
    Bela postagem. A beleza impactante é a interior, pena que a maioria das pessoas só valorizam o exterior. Bjs querida.

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  6. Sim. Esses estereótipos que os americanos têm de nós são bastante visíveis. Eles acham que aqui só tem futebol, mulher da bunda grande e Carnaval. Que bom que você tem quebrado esses estereótipos aí.
    Boa semana!

    Jovem Jornalista
    Fanpage
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

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  7. Hello, Gigi :-) "Ser o que se é!" Tão difícil hoje nesse mundo de soldadinhos copiando tudo. E o povo julga que é uma beleza. Por exemplo eu sou magra de ruim e o povo acha que vivo na dieta e ficam de queixo caído quando digo é por causa de intolerância alimentar. É aquela velha mania de condenar ou endeusar sem conhecer e isso pode ser muito cruel. Tolos e sábios existem em todos os lugares, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento, mas nós sempre temos a tendência de achar que quintal do vizinho é melhor, quando na verdade deveríamos por nossos esforços em cultivar o nosso jardim e deixar que cada um preste contas do seu campo a Deus. Gostei e dei valor a esse post foi muito!!!! Bjuu!

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  8. Oi Gisley, pasme, mas aqui pros meus lados tem gente que nem sabe que estas beldades são brasileiras.rs Pra eles brasileiros em geral são negros/morenos, indios, mulher é pequenininha, cabelos escuros e longos e bundão! rs Se eu falo que sou brasileira eles também assustam...é meio chato às vezes, mas acontece o mesmo aqui...a gente acha que holandês é tudo branco de olhos azuis, ok que a base deles é esta mesmo, mas também tá igual ao Brasil...tudo junto e misturado. Hoje, em lugar algum, dá pra dizer que um povo é só de um jeito...temos que ficar conscientes disso!Bjs

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  9. A gente ouve tanto isso de ter amor próprio e não se comparar com os outros. E chega até a ser óbvio. Mas a realidade infelizmente é outra. Eu, por exemplo, batalho muito pra me sentir bem com o meu corpo. Ainda vai chegar o dia em que eu vou conseguir andar na praia de biquíni sem me importar com o que os outros estão pensando de mim. É um trabalho constante!

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