I just hope you understand
Sometimes the clothes do not make the man
Sometimes the clothes do not make the man
Conversa vai, conversa vem, ela perguntou de onde eu era.
Brasil.
Perguntou se o marido era brasileiro.
Americano.
Ela: nossa, você deve ser a dream girl dele, o sonho de consumo! Nunca conheci ninguém do Brasil que fosse feio.
Aqui, quando se fala em Brasil, a primeira associação vem com Victoria´s Secret. E com ela, Gisele, Alessandra e Adriana.
FONTE: GOOGLE |
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Essas mulheres são lindíssimas. Do contrário não poderiam atuar na carreira em que estão. A gente entende que para ser modelo, há um certo padrão esperado de rosto e corpo. O que me deixou encucada foi que a associação que se tem de mulher brasileira é que ela é modelo, super alta e magra, com peitão e quadril pequeno, seguindo o estereótipo de uma européia ou americana.
Eu não sou esse padrão. Minhas amigas não seguem esse padrão. Eu não tenho barriguinha de Bunchen, nem tão pouco altura de Alessandra, muito menos os olhos azuis da Adriana. Eu sou baixinha, pequenininha, de quadril largo, olho castanho escuro. Por que achei relevante fazer esse post? Porquê a visão que se está sendo passada sobre a mulher brasileira AQUI é que ela tem uma forma só. Um só tipo de rosto e corpo. Magrinha e altinha é um dos vários estereótipos da mulher brasileira.
Entendo que é moda.
Mas também entendo como isso afeta a visão das pessoas sobre a nossa cultura.
Isso me fez refletir e ter um olhar mais cuidadoso sobre a cultura do outro. Não cair nas armadilhas dos estereótipos apresentados nos meios de comunicação. Não achar que latino é atrasado e mal educado, e norte americano é super educado e desenvolvido. Os dois são atrasados e mal educados em certas áreas. Ambos educados e desenvolvidos em outra. Ninguém é de fato todo ruim e todo bom.
Por que escrevo esse post?
Para falar da realidade de ser ao invés daquilo que parece.
Hoje as pessoas estão viciadas naquilo que parece. Estão com preguiça de pesquisar e ir atrás.
Cansei de levar um olhar diferente por ser brasileira.
Cansei de ser associada com sedução e sensualidade. Eu não ando com a Anita dentro da calcinha.
Eu sou muito mais que isso. Somos muito mais que isso.
Eu sou Gisley, você é você.
Que tal comerçarmos daí, de ver cada um como indivíduo antes de tecer comentários e conclusões?
Em um mundo que se beneficia e lucra em cima da insegurança alheia, ser simplesmente você é um ato de rebeldia.
Fonte : Google |