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Ela estava ferida. Ele sabia disso,mas não queria responsabilidades emocionais.
Ele propôs apenas diversão. Seriam livres para ficar com quem quisessem, o que ele adorava e estava acostumado.
Ela achava que quanto mais pessoas envolvidas, maior os dramas emocionais desnecessários, porém aceitou com uma condição: não brincariam de "casinha".
Cansou de presenciar inúmeros casos onde suas amigas perdiam a razão e ficavam emocionalmente vuneráveis depois da ação nos lençóis. Ela acreditava em riscos calculados.
Ele aceitou os termos dela.
Ela sempre o tratou com respeito e carinho, mesmo sabendo que ele tinha outras.Partia do princípio que a gente procura deixar algo sempre melhor do que a gente encontra.
Cagar em coração alheio qualquer um faz.
Ele se deliciava em contá-la sobre as outras e seus atributos. Ela ignorou que aquilo doía.
Ele gostava da curtição. Ela começou a se apegar.
Ás vezes ele a tratava com afeto, outras como uma piada suja e debochada.
Ela foi pra casa.
Chorou.
Sangrou por dentro.
Caiu em si e viu que era totalmente substituível pra ele.
Ela continuou com o mesmo carinho e respeito.
Ele, se divertindo.
Ele começou a se abrir mais com ela.
Ela protegeu aquilo como um tesouro que se esconde a 7 chaves.
Ele viu que podia confiar seu mundo à ela.
Ela viu que não podia contar com ele.
Ele começou a gostar dela, mas manteve a postura circense. Ela já não se chateava mais com o comportamento dele.
Ele continuou com as outras.
Ela, se divertindo com ele.
Ele se apaixonou por ela sem perceber.
Ela manteve o respeito e o carinho, mesmo sabendo que era algo passageiro.
Ele já não tinha mais interesse em mostrar pra ela que estava por cima da carne seca.
Ela permaneceu a mesma.
Ele mudou de idéia. Queria ser só dela e de mais ninguém.
Ela não. Já sabia que não tinha a quem.
Sabia que desde o primeiro dia eles não se pertenciam.
Nunca foi do interesse dele passar segurança pra ela.
Nunca foi uma obrigação também.
Ele não aceitou o não dela.
Ela, não cedeu.
A vida dele só melhorou com ela.
Ela aprendeu a ter uma vida maravilhosa com ou sem ele.
Ele já não se imaginava sem ela.
Ela, já fez planos sem ele.
Enquanto ele jogava, ela cuidava.
Ela o ensinou a plantar coisas bonitas no coração de alguém.
Ele a ensinou que não precisava de ninguém.
Ele que prezava pela liberdade de ir e vir,deixou claro que ela poderia ser passada pra trás a qualquer momento.
Um dia a mesa virou e ele esqueceu que ele deixou-a atrás o suficiente para dar um pé na bunda dele.
Ele que achava engraçado tê-la como algo descartável tornou-se uma piada aos olhos dela.
Ele chorou.
Ela sorriu.
A vida seguiu.
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FONTE: TUMBLR |