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Detesto porque é um estado que considero depressivo.Nada revela mais o quanto a raça humana é vunerável do que a doença.Nela,estamos à mercê dos outros.
E se vc não tem ninguém, aí é que o negócio é ruim mesmo, pq vai levar forever pra vc pegar uma água,ir no banheiro, fazer sua comida, pegar seus lençóis e remédios.
Seus membros, seu metabolismo, seu corpo não tem a menor pressa em cooperar com vc. Nessas horas não tem arrogância, não tem status que faça nada por você. Te tornas um bebê indefeso em meio à atividades que uma vez foram tão banais pra ti.
O corpo que as vezes vc não cuida, te deixa a noite em claro- com febre, gripe, nariz a escorrer e uma tosse de cachorro louco. Nessas horas, todas as máscaras e defesas caem.Não te resta nada a fazer, a não ser ter a serenidade pra aceitar o que tu não podes mudar.
A doença tb pode ser um mecanismo/situação que te faz pensar, já que a velocidade de como a vida é vivida ultimamente é tão louca.Parece que sempre temos momentos filosóficos enquanto doentes.Ou diria que retornamos à sanidade? - Esses momentos nos faz mais agradecidos pelas pessoas que cuidam da gente e pelos pequenos gestos de carinho que outrora foram desvalorizados. Um simples copo com água ganha outro sentido quando estamos enfermos.
Seja humilde. Vc não vai ter uma saúde de ferro pra sempre. Seja grato por aqueles que estão ao seu lado hj, pelos seus olhos que te permite ver ao outro, a natureza e a si mesmo.Em vez de ver a maldade e ter a malícia na tua mente e coração, pratica ver a beleza da vida nas pequenas coisas.E quando as coisas não saírem do teu jeito, é pra tu aprender a crescer.Pq a gente só amadurece assim.Moleza não existe pra quem quer encarar a vida com a realidade, só pra quem gosta de sentar no pudim. Lembra-te quando doente, teus olhos cansados não suportavam visualizar nenhum raio de luz.E o que dizer do ardor quando às vezes ficavam secos?
Seja grato pelas suas pernas que às vezes vc reclama que tem que andar.Perna foi feito pra isso mesmo! Elas, que muitas vezes andam tão apressadas, incapazes de parar por um momento, ou outras vezes tão preguiçosas, incapazes de cooperar pra fazer a grande circulação. Use as tuas pernas pra correr no mar , dançar ao invés de te apressares para ignorar uma pessoa ou deixá-la falando ao vento. Lembra-te daquela febre ou virose que te atacou, impossibilitando-te de andar livre,leve e solto por aí por causa da dor desmedida que um dia sentiste.Cuidado, ela pode voltar.
Seja grato por poder ouvir o que tu mesmo falas, e filtra o que ouves.Não dê cabimento à tudo o que é dito.Põe uma peneira na tua mente, para que o teu ouvido só deixe passar aquilo que for de edificação pra ti e por outros.Se deixares entrar lixo no teu ouvido, é lixo que da tua boca vai sair.
Sê grato tb por poder se falar e usa a tua boca pra coisas construtivas.Não espere pra ser gentil na doença,no fim da linha, no leito ou na maca.Não sabes o que te aguarda o próximo segundo.Que as pessoas possam se referir à ti como alguém cuja as palavras trazem vida, encorajamento e sabedoria.Não espere ficar rouco pra dar valor à tua liberdade de expressão.
E que tuas mãos venham se apressar para estender ajuda aqueles que precisam assim como tu careces de ajuda quando estás doente. Não use-as para acusar, bater ou ferir com a tirania, mas promove a cura emocional através do teu toque. Lembra-te quando doente como era difícil de segurar um simples copo.
Não ignora o teu nariz, por mais que possas sentir cheiros desagradáveis.É sinal que está a funcionar, sendo capaz de discernir se algo está estragado ou não, ou à queimar no fogão.Quando doente, depende do nariz de outrem.
Não espere ficar prostrado pra ver que não és metade do que julgas ser, mas usa teus atos na saúde para te tornar algo muito além que um dia já foi. Saia do status quo.
Que a doença use a tua fraqueza para que possas pensar no que tem feito do teu tempo, da tua vida e dos teus relacionamentos, e que nela possa encontrar a humildade que precisas para cada dia crescer e desenvolver um pouco mais como pessoa.
Gisley Scott.
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Nossa Gi voce me descreveu todinha neste post. Eu estava exatamente assim esta semana! Fiquei "arreada". To melhorando, graca a Deus.
ResponderExcluirAh, antes que eu me esqueca: to sem net, agora vai ser dificil de conversar pelo skype. Mas quando as coisas melhorarem colocaremos novamente. Continuarei visitando os blogs e postando quando puder usar a net na escola ou na biblioteca. Soh nao sera com muita frequencia.
Oi, oi! Eu tb! É um saco! Dói tudo, você se sente molenga e se não tem um colo por perto piora ainda mais! Na minha casa, sempre que a gente ficava doente, eramos mimados. Todos os "sãos" da casa davam colo heheheh E isso ajudava a melhorar. E a comida também era comida de colo, de aconchego: Mingau de cremogema da avó, purêzinho com bife (cortadinho) e feijão bem forte (com beterraba) da mãe, Sopa de legumes (adoro), suquinhos, maçã picadinha... Mas fazer por nós mesmas, aqui de longe, não tem graça! Então, o que fazer? Exatamente o que você escreveu no seu último parágrafo!!! hehehehe Adorei. E da-lhe chá e paracetamol (receita para gripes e a maioria das doenças aqui na Holanda). Os mimos agora sou eu quem faço: O E. está gripado e nunca teve um colo nesses momentos: Ganhou edredon, cafuné e purê, feijão e bife. Ficou feliz da vida! hahahahahaha Muito legal o texto, Gi! Valeu. Bj!
ResponderExcluirQuanta inspiração, menina! adorei o texto.
ResponderExcluirE seja grata por ficar melhor! ;)
Bjs!
Mas flor, quem gosta de ficar doente?
ResponderExcluirNem quem gosta de se fazer de vitima gosta de ficar doente, gosta de fingir que está doente...
Ainda bem que aprendeu essas lições todas, agora é se cuidar !
beijoca
Take care !
Olá Gi querida.
ResponderExcluirLi seu post e pensei em comentar como vejo pessoas muito jovens reclamando demais como se fossem idosos!
Atualmente eu trabalho numa fábrica automotiva e fico mais de 10 horas diárias em pé fazendo a mesma coisa.
Claro que é cansativo, mas quando estamos desempregados e ociosos em casa reclamamos do mesmo jeito.
Ai que dor na perna!
Ai que dor nas costas!
Que saco, vou ter que fazer hora extra!
Que azar, não aparece emprego pra mim!
Não aguento mais ficar em casa!
E outras reclamções mais!
Quando escuto essas coisas, dá vontade de responder:
Você deveria reclamar se perdesse suas pernas hoje! (por exemplo).
Você está certíssima. O ser humano reclama demais e de barriga cheia.
Assino embaixo desse post, Gi! Principalmente depois do que eu passei nessas ultimas semanas!
ResponderExcluirbjs
Verdade verdadeira, menina!
ResponderExcluirE nem é preciso dizer que amei a postagem!...:)
Ano passado, tive uma doença que se chama "Herpes Zoster". (Zoster, é o vírus da catapora, que fica em estado latente dentro do organismo de quem já teve a doença, e de repente, do nada, ele acorda e começa a fazer AQUELE ESTRAGO em um nervo qualquer). A dor é TÃO FORTE, mas TÃO FORTE, que não tem nem explicação. Na época, fui pesquisar na net, e fiquei sabendo de pessoas que suicidam por não aguentá-la... Daí você pode perceber o tamanho da barra.
Em mim, a Zoster atacou no lado direito do torax (dando a volta total), e eu não conseguia fazer absolutamente nada (nem dormir).
Com o tempo, após medicamentos fortíssimos e injeções no feixe de nervos atingidos, a dor começou a ceder, até parar de todo (após 4 meses).
Só estou te contando isto tudo, prá dizer que na época o meu pensamento era o seguinte: Deus do céu, como é boa a vida sem dor!!! Eu vivia no paraíso e não sabia!!!
Realmente, de lá para cá, aprendi a não reclamar de MAIS NADA. Resumindo: uma doença que eu nem sabia que existia, me ensinou a dar muito mais valor à vida, e perceber que a gente tem a mania de reclamar de "barriga cheia".
Beijo grande, e te estimo melhoras.
Sua amiga,
Cid@
verdade,na u.t.i tive todas estas sensações,totalmente frágil,tomava banho dado pelas enfermeiras,na cama mesmo,até água ,quando tinha sêde tinha que pedir,e respirar sem aquela máquina de oxigenio era impossível...hoje parece que tudo foi só um sonho,mas foi real e sai dessa situação com novas marcas positivas na alma.Abraço.
ResponderExcluirMenina, espero que você fique boazinha logo. Você escreveu um tratado e sinto igual a você nesses momentos. Fique bem e muita força. Bjosss
ResponderExcluirmas quem gosta de ficar doente? só sse for para ter miminhos do marido!
ResponderExcluirOlá, querida Gisley
ResponderExcluirSeu texto tem afinidade também com o meu estado físico e gostei muito da questão da arrogância... creio que ela nunca é bem vinda...
Eu também estou "retornando à sanidade"... legal isso que disse!!!
Um abraço de paz e alegria pra vc, com votos de saúde em todos os níveis do seu ser.
Como eu entendo esta publicação. Sou muito grata por ter o meu marido ao pé de mim porque me ajuda nos maus momentos e me obriga a levantar a cabeça, quando as dores são insuportáveis e eu fico desesperada, ele apesar de cansado ainda encontra forças para me fazer uma massagem para eu conseguir dormir. beijinhos.
ResponderExcluirFique melhor menina!
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